terça-feira, 14 de outubro de 2008

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Vivi olhando com alguma sobranceria a minha avó que dava cabo das lâmpadas num estranho ritual de apagar e acender luzes comprometedor da esperança de vida dos filamentos, e entre sermões de necessidade de poupança. Herdei sem saber os tiques de guardar lixo que atafulham gavetas e dispensas com vista a uma necessidade futura, inevitavelmente relegado para o esquecimento não servindo absolutamente para nada.
Era enervante aturar as suas manias mas eu lá condescendia, julgo que de forma inconsciente, a troco do carinho que recebia.
Paula rego Untitled-10
Os cortes para calças ou camisas eram comprados após avaliações de alturas ou larguras sempre tendo em conta uma folgada bainha dado vaticinar que eu ainda iria dar um pulo. Virava colarinhos e punhos, botavam-se solas e meias solas com protectores metálicos, tão do meu agrado pelo partido que tirava deles, mais não fosse, em sapateados balançados segundo a inspiração da última “cóboiada” ou episódio do Bonanza.
Na cozinha as metamorfoses sucediam-se em deliciosas propostas que podiam evoluir de cozido à portuguesa em empadão ou de carne estufada em croquetes tal como os restos de uma pescada cozida com todos se finava em deliciosa tortilha. A “roupa velha” não conta porque resultava de uma acção premeditada em vésperas de Natal.
Se uma torneira pingava havia algum recipiente que se encarregava de recolher durante o dia ou noite para posterior utilização em lavagens ou mesmo cozinhados.
Ah! as braseiras. Para quem seja familiar, eram dois ou três objectos que cirandavam pelos quartos da casa, incluindo o quarto de banho. Uma dela era a rica, de cobre, as outras, as de folha-de-flandres, não me lembro de lhes ter sido dito nada, mas seriam as pobres, coitadas! Por engenho da "velha" e o muito moer o ferreiro, sofreram um up-grade: uma grelha em ferro forjado, pensarão vocês que por questões de segurança, talvez; mas o certo é que levavam em cima com um jarro de esmalte que se não vertesse as águas numa espécie de bidé, para algum banho checo ou lavar de pé, acabava entre lençois numas botijas de barro ou em ultimo caso no alguidar de lavar a louça.
Tostão era tostão, lençol velho não morria como tal. O carvão do fogareiro, assadas as sardinhas, era salvo por uma baldada e ficava a secar esperando um carapau.
Com ela tudo produzia e se possível mais do que uma vez e uma coisa. No quintal, o que produzia sombra também produzia figos, as galinhas ou produziam ovos ou antecipavam a produção de carne e as desgraçadas das coelhas como nunca se habituaram a pôr ovos punham coelhinhos ou eram rapidamente associados à vinha-d’alhos.
Com a genica que tinha e capacidade de polivalência se me tenho lembrado de a inscrever na independente, não sei, com a crise que para aqui vai… Ambiente, Economia?

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Não resisti e roubei, não pedi mas avisei

OUTONO AUSTRAL
no tempo da colheita escuto sons enquanto vejo as folhas caírem. fuser

"Um estilo diferente, mas a voz e a música de Alan combinam com esse domingo. "


Alan Jackson - I'll go on loving you



Diz a letra:

When I look into your soft green eyes/When I see your delicate body/Revealed to me as you slip off your dress/I'm reminded what I feel for you/Will remain strong and true/Long after the pleasures of the flesh/Then I'll go on loving you /I'll go on loving you/I'll go on loving you/Me in the rain or the wind/Or the moon up in the sky/The spin of the earth or the change of the tide/I don't know what brought us together/What strange forces of nature/Conspire to construct the present /From the past/Then I'll go on loving you/ I'll go on loving you/I'll go on loving you...